Uma reflexão que o Pe. Jão Zasowski publicou em julho deste ano neste blog.
É muito oportuno lembrar agora, mais uma vez, esse texto.
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O homem não nasce para
morrer mas para começar. (R. Garaudy)
“Lembra-te, ó homem,
que és pó e em pó te hás de tornar” (Gen. 3, 19).
Fomos chamados para o
dinamismo da vida.
Por isso a ideia da morte nos incomoda.
Deixamos para pensar sobre isso mais tarde, mas, na verdade, queremos fugir
desta realidade. Ela nos assusta, enquanto
o nosso desejo é continuar a vida.
Mas, como fala São
Francisco, a Irmã a morte vem, e
no momento que não esperamos.
Ela vem para ricos e
pobres, para os pecadores e santos.
Ela já foi programada no
caminho da nossa caminhada.
Para aqueles que
compreenderam os ensinamentos de Cristo a morte se torna somente uma passagem.
Como se fosse um barco, que nos oferece o lugar para atravessarmos o rio e
chegarmos à outra margem, onde esperam por nós.
Deus-nos confiou uma
missão nesta vida e depois que a cumprirmos, Ele estará à nossa espera, para
estarmos junto com ELE durante toda ETERNIDADE.
São Paulo, o apóstolo
das nações, compreendeu bem a Irmã morte, dizendo: “ As coisas que olhos não viram, nem
ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou
para os que o amam”. (1 Cor 2. 9)
Por isso, naquele
momento, nós vamos-nos apresentar diante
de Deus trazendo tudo o que realizamos na prática do amor vivenciado e
testemunhado. E também o que fizemos multiplicando dos nossos talentos para o
nosso crescimento e o crescimento de todos aqueles a quem servimos e para os
quais nós nos doamos.
O Cristo com seu sangue
derramado na Cruz venceu a morte.
Sabemos, que a morte é o
preço do pecado: pelo pecado entrou a morte.
A morte é o começo da
vida, é o prêmio dos nossos sacrifícios. Jesus dizia aos discípulos: “A vossa
tristeza se converterá em alegria”. (Jo 16, 20)
A tristeza do corpo se
converterá em alegria da alma e do Céu, se vivermos segundo os valores que nos
deixou Jesus Cristo. Assim,
a morte não se entende como o fim, mas
como o começo .
Por isso o cristão não
tem motivo ficar triste com a morte, nem procurar fugir dela. O cristão encara
a morte como realidade, como esperança e alegria, como uma conclusão
maravilhosa da aventura cristã. Naquele momento encontram-se e alegram para sempre – o filho e o Pai, o
namorado e o Amor, o servo bom e fiel, o Senhor justo e generoso!
Na casa do meu Pai a
varias moradas (Jo 14,2) – disse Jesus.
A Vida é Jesus Cristo!
Lembrança da morte
ensina-nos a renunciar às coisas da terra.
A única riqueza que
vamos levar é o bem que praticamos durante a vida.
Por isso devemos
aprender a morrer um pouco cada dia por meio de desprendimento, morrendo para o
nosso egoísmo, ambição, idolatria, para, cada dia, nascer ao serviço que nos foi confiado.
Ó morte, como é amarga a
tua lembrança para o homem
que vive isolado nos seus bens e seus prazeres!
Mas, para o seguidor
fiel de Cristo a alma desprendida abandonada totalmente em Deus escuta as
palavras do Salmo “Alegrei-me quando me disseram, vamos à casa do senhor.” (Sl 121,1)
A morte nos ensina amar
a verdade, porque esse é o momento de grande verdade. Tudo será conhecido
profundamente.
Todos nós conheceremos a
plena verdade sobre nós mesmos e nada será escondido. A verdade nos mostrará a
nossa felicidade.
A nossa vide é breve.
Não é bom mentir diante de nós mesmos.
Tudo o que não é verdade
será revelado e seremos arrependidos que não aproveitamos o tempo para amar
como Jesus pediu que amássemos, cumprindo verdadeiramente o tempo da nossa vida:
cada segundo, minuto, dia, ano...
Se fizermos bom uso de
tudo o que Deus nos confiou, chegando essa hora para ir ao encontro do Pai,
estaremos satisfeitos que aproveitamos bem o nosso tempo e os dons recebidos de
Deus.
Por isso precisamos
orar: Ensina–nos, Senhor, a contar os nossos dias, para que alcancemos a
sabedoria do coração, aquela sabedoria que nos convence de que apenas boas
obras e o serviço a Deus têm valor para a vida eterna.
Maria, Mãe da boa morte,
ajude-nos a ficarmos bem preparados para essa hora, em que estaremos nos braços
do nosso Pai Celeste. Como teus filhos, ó Maria, queremos lembrar sempre, que
mesmo morrendo, devemos pensar na VIDA, pois ela continua para sempre.
(Pe. Jan Zasowski)
Postado por amigo do Pe. João Zasowski
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