Encontramos momentos na vida, que nos inspiram, para divulgarmos aquilo que a nossa própria alma sente. Com certeza, estes momentos nascem numa experiência interior, quer dizer, num profundo diálogo com Deus. Estes momentos nascem, quando mergulhamos dentro da nossa alma e nós nos perguntamos: de onde viemos, onde estamos e para onde caminhamos? E encontramos a resposta neste profundo diálogo com Deus - quando Ele se torna, para nossa existência, o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim, compreendemos, que o Senhor nos convida a cumprir uma grande missão: que todos possamos nos chamar de irmãos e de seus filhos.

É preciso que exista mais amor e união entre nós, para que possamos ser a semelhança e a imagem de Jesus Cristo. Foi ELE que afirmou que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Nestas reflexões, quero convosco mergulhar no fundo das nossas almas e procurar viver a vida conforme nos foi dada.

Pe. Jan Zasowski

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Os anjos no mundo



Os anjos bons são os ministros de Deus para o gloria do Criador e a salvação dos homens. Desde os primeiros séculos, os cristãos crêem que cada ser humano tem seu anjo da guarda; isto estaria insinuado em Mt 18,10.
Tornou se comum esta crença, que a Igreja soleniza mediante a festa dos Santos Anjos da Guarda (dia 2 de outubro).

Quando os anjos maus, Deus lhes concede a autorização de tentar os homens: “Simão, Simão ! Olhe que Satanás pediu permissão para peneirar vocês como trigo...” (Lc. 22, 31...)
 “Por isso faça festa o céu.  Alegrem-se  os que ai vivem. Mas ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu por  meio de vocês. Ele está cheio de grande furor, sabendo, que lhe resta pouco tempo.” (Ap 12,12).

O texto nos mostra que a finalidade disso é o fortalecimento da virtude dos bons, portanto em vista de um fim providencial. Satanás não é todo poderoso; Santo Agostinho o compara a um cão acorrentado, que pode ladrar muito, mas não pode morder senão a quem se lhe chega perto.

São Paulo diz que Deus não permite que sejamos tentados acima das nossas forças, mas, com a tentação, nos dá os meios de sair dela vitoriosos. “Vocês não foram tentados, alem do que podiam suportar, porque Deus é fiel e não permitira que sejam tentados acima das forcas que vocês tem. Mas junto com tentação, ele dara a vocês  os meios de sair dela e a forca para suportá-la.” (1Cor 10,13).

Além das tentações, a Sagrada Escritura menciona a possessão diabólica. Esta é um estado em que o demônio  se serve de corpo da pessoa, falando por este e movendo-o à blasfêmia e às convulsões, sem que o possesso consiga resistir-lhe; porém, a vontade do possesso fica isenta de pecado. Pergunta-se: é possível tal estado de coisas?

Distinguimos. Os Evangelhos nos dizem que Jesus encontrou possessos e as exorcizou, confirmando em todos os observadores a impressão de que existe a possessão diabólica .
Ora, se não houvesse possessão, Jesus não somente teria realizado uma farça teatral (para se adaptar a uma crença dos judeus), mas teria confirmado os homens no erro, isto, porém, é inaceitável, pois Jesus mesmo declarou: Para isto nasci e vim ao mundo, para dar o testemunho da verdade (Jô 18, 37). Por conseguinte, é de crer que nos tempos de Jesus havia possessos.

Na história da Igreja foram, e são até hoje, apontados casos de possessão diabólica. A Igreja admite a possibilidade de tal fenômeno, por isto tem um  ritual de exorcismo. Todavia, os progressos de psicologia e da medicina revelam que muitos dos sintomas outrora atribuídos à ação direta do demônio, não são senão efeitos patológicos, nervosos, ou parapsicológicos. Em conseqüência, devemos ser sóbrios diante de notícias de possessão diabólica.

No  Brasil principalmente, onde a grande maioria dos casos, apresentados como de possessão, não são senão estados mórbidos; todavia, a presença dos cultos afro-brasileiros e espíritas entre nós, facilmente sugere para as pessoas impressionáveis a idéia de que uma doença nervosa, renitente e feia é resultado da possasao diabólica. Quanto mais os pacientes admitem isto, tanto mais se sugestionam, apavoram e prejudicam. Daí a necessidade de esclarecimento ao povo de Deus: Existe, sim, o demônio, mas a sua ação visa mais a introduzir ao pecado do que às doenças ou desgraças físicas.

Que o cristão viva santamente, confiando em Deus, e nada terá a temer por parte do Maligno.
“Se Deus está conosco, quem estará contra nos?”  (Rm 8,31). 
 

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