Os anjos bons são os
ministros de Deus para o gloria do Criador e a salvação dos homens. Desde os
primeiros séculos, os cristãos crêem que cada ser humano tem seu anjo da
guarda; isto estaria insinuado em Mt 18,10.
Tornou se comum esta
crença, que a Igreja soleniza mediante a festa dos Santos Anjos da Guarda (dia
2 de outubro).
Quando os anjos maus, Deus lhes concede a
autorização de tentar os homens: “Simão, Simão ! Olhe que Satanás pediu
permissão para peneirar vocês como trigo...” (Lc. 22, 31...)
“Por isso faça
festa o céu. Alegrem-se os que ai
vivem. Mas ai da terra e do mar, porque o Diabo desceu por meio de vocês.
Ele está cheio de grande furor, sabendo, que lhe resta pouco tempo.” (Ap 12,12).
O texto nos mostra que a finalidade disso é o
fortalecimento da virtude dos bons, portanto em vista de um fim providencial.
Satanás não é todo poderoso; Santo Agostinho o compara a um cão acorrentado,
que pode ladrar muito, mas não pode morder senão a quem se lhe chega perto.
São Paulo diz que Deus não permite que sejamos
tentados acima das nossas forças, mas, com a tentação, nos dá os meios de sair
dela vitoriosos. “Vocês não foram tentados, alem do que podiam suportar, porque
Deus é fiel e não permitira que sejam tentados acima das forcas que vocês tem.
Mas junto com tentação, ele dara a vocês os meios de sair dela e a forca
para suportá-la.” (1Cor 10,13).
Além das tentações, a Sagrada Escritura menciona a
possessão diabólica. Esta é um estado em que o demônio se serve de corpo
da pessoa, falando por este e movendo-o à blasfêmia e às convulsões, sem que o
possesso consiga resistir-lhe; porém, a vontade do possesso fica isenta de
pecado. Pergunta-se: é possível tal estado de coisas?
Distinguimos. Os Evangelhos nos dizem que Jesus
encontrou possessos e as exorcizou, confirmando em todos os observadores a
impressão de que existe a possessão diabólica .
Ora, se não houvesse possessão, Jesus não somente
teria realizado uma farça teatral (para se adaptar a uma crença dos judeus), mas
teria confirmado os homens no erro, isto, porém, é inaceitável, pois Jesus
mesmo declarou: Para isto nasci e vim ao mundo, para dar o testemunho da
verdade (Jô 18, 37). Por conseguinte, é de crer que nos tempos de Jesus havia
possessos.
Na história da Igreja foram, e são até hoje,
apontados casos de possessão diabólica. A Igreja admite a possibilidade de tal
fenômeno, por isto tem um ritual de exorcismo. Todavia, os progressos de
psicologia e da medicina revelam que muitos dos sintomas outrora atribuídos à
ação direta do demônio, não são senão efeitos patológicos, nervosos, ou
parapsicológicos. Em conseqüência, devemos ser sóbrios diante de notícias de
possessão diabólica.
No Brasil
principalmente, onde a grande maioria dos casos, apresentados como de possessão,
não são senão estados mórbidos; todavia, a presença dos cultos afro-brasileiros
e espíritas entre nós, facilmente sugere para as pessoas impressionáveis a
idéia de que uma doença nervosa, renitente e feia é resultado da possasao
diabólica. Quanto mais os pacientes admitem isto, tanto mais se sugestionam,
apavoram e prejudicam. Daí a necessidade de esclarecimento ao povo de Deus:
Existe, sim, o demônio, mas a sua ação visa mais a introduzir ao pecado do que às
doenças ou desgraças físicas.
Que o cristão viva santamente, confiando em Deus, e
nada terá a temer por parte do Maligno.
“Se Deus está conosco, quem estará contra nos?” (Rm 8,31).
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