Somos todos convidados para o banquete da
felicidade. Todos sem exceção. Porque todos somos famintos. Famintos de
justiça. Também eu e você. E nós pedimos aos homens a justiça, mas eles nos
ensinaram a vingança e a violência.
Você e eu pedimos um pouco de bem, e os
homens nos pegaram com a moeda de ódio e
do desprezo. Mas hoje para você e para mi chega este grande convite, o Senhor
nos manda dizer: “Vem, tudo está pronto .... bem aventurados os que tem fome de
justiça, porque serão saciados”.
Estamos todos sedentos. Sedentos de
felicidade. Também eu e você. Bebemos de qualquer água. Como os soldados da guerra do deserto.
Bebemos a água dos poças, mas sentimos
na boca o amargura da corrupção e na garganta uma secura mais aguda e
obstinada. Esmolamos na esquina de todas as ruas como os mendigos, pedindo aos
transeuntes um pouco de amor verdadeiro, desinteressado, sem subentendidos, mas
os outros nos jogaram moedas de sensualidade, que consumiu toda nossa juventude
e nos deixou o coração vazio.
Mas eis que hoje uma voz nova nos diz: “ Eu
lhes darei uma água que lhes saciará para sempre”. Venham pois a grande ceia”.
O Senhor enviou os seus servos para chamá-los.
Chegou a vocês o seu chamado: uma palavra, um livro, um gesto, um conselho,
um acontecimento, um exemplo, uma exortação. Ele bateu nas nossas portas e
continua ainda batendo, de dia, de noite... Fez-nos um aceno na estrada, em determinado
lugar, no trabalho, na solidão ... Por que eu e você continuamos tão fechados e
acomodados? Por que não nos movemos? O que esperamos? Por que desejamos morrer de
fome? Por que sofremos tanta sede, com a fonte que temos tão perto?
Vamos, portanto, para a ceia, que já está
pronta . Vamos vestir roupa nova, vamos depressa, ainda há
tempo. Falamos que ainda não
temos esta roupa. Não devemo-nos desesperar, podemos adquiri-la por pouco
preço, basta um pouquinho de humildade. Há uma grande fábrica de roupas novas.
Dou-lhes endereço: caminho da Igreja,
primeiro confessionário à direita, seguindo à esquerda, ou na casa paroquial
marcar o horário com padre. Joguemos fora esta roupa velha que vestimos até hoje. Esta roupa
velha está suja demais. Mas não vamos nos envergonhar!
Vamos tirar fora a veste dos nossos vícios,
a veste do pecado, da luxúria. Vamos tirar fora a veste da blasfêmia. Vamos jogar fora a veste
da avareza, da ambição, da gula. Toda essa roupa é dos miseráveis. Por isso fora, fora toda sujeira: seremos puros e livres!
Vamos vestir a roupa nova, o hábito de
graça, da virtude, da inocência e da dignidade, o hábito da festa e da alegria.
Vamos ao banquete, tudo está pronto.
Há os grandes convidados: os pobres em
espírito, os puros de coração, os sofredores, os mansos, os misericordiosos, os pacificadores, os perseguidos, os injustamente caluniados, os
simples, os justos, os santos. Todos nos aguardam!
Por que ainda estamos esperando? Vamos abrir as portas e vamos ao encontro para
participar deste banquete, desta festa.. O tempo passa rápido demais!
Só assim tudo em nós começará a cantar, a
cantar com paz, com força, com segurança.
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