Encontramos momentos na vida, que nos inspiram, para divulgarmos aquilo que a nossa própria alma sente. Com certeza, estes momentos nascem numa experiência interior, quer dizer, num profundo diálogo com Deus. Estes momentos nascem, quando mergulhamos dentro da nossa alma e nós nos perguntamos: de onde viemos, onde estamos e para onde caminhamos? E encontramos a resposta neste profundo diálogo com Deus - quando Ele se torna, para nossa existência, o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim, compreendemos, que o Senhor nos convida a cumprir uma grande missão: que todos possamos nos chamar de irmãos e de seus filhos.

É preciso que exista mais amor e união entre nós, para que possamos ser a semelhança e a imagem de Jesus Cristo. Foi ELE que afirmou que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Nestas reflexões, quero convosco mergulhar no fundo das nossas almas e procurar viver a vida conforme nos foi dada.

Pe. Jan Zasowski

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um homem preparou uma grande ceia e convidou a muitos ( Lc 14,16 )


Somos todos convidados para o banquete da felicidade. Todos sem exceção. Porque todos somos famintos. Famintos de justiça. Também eu e você. E nós pedimos aos homens a justiça, mas eles nos ensinaram a vingança e a violência.

Você e eu pedimos um pouco de bem, e os homens nos pegaram com a moeda de ódio  e do desprezo. Mas hoje para você e para mi chega este grande convite, o Senhor nos manda dizer: “Vem, tudo está pronto .... bem aventurados os que tem fome de justiça, porque serão saciados”.

Estamos todos sedentos. Sedentos de felicidade. Também eu e você. Bebemos de qualquer  água. Como os soldados da guerra do deserto. Bebemos a água dos poças, mas  sentimos na boca o amargura da corrupção e na garganta uma secura mais aguda e obstinada. Esmolamos na esquina de todas as ruas como os mendigos, pedindo aos transeuntes um pouco de amor verdadeiro, desinteressado, sem subentendidos, mas os outros nos jogaram moedas de sensualidade, que consumiu toda nossa juventude e nos deixou o coração vazio.
Mas eis que hoje uma voz nova nos diz: “ Eu lhes darei uma água que lhes saciará  para sempre”. Venham pois a grande ceia”.

O Senhor enviou os seus servos para chamá-los.  Chegou a vocês o seu chamado:  uma palavra, um livro, um gesto, um conselho, um acontecimento, um exemplo, uma exortação. Ele bateu nas nossas portas e continua ainda batendo,  de dia,  de noite...  Fez-nos um aceno na estrada, em determinado lugar,  no trabalho,  na solidão ...  Por que eu e você continuamos tão fechados e acomodados? Por que não nos  movemos?  O que esperamos? Por que desejamos morrer de fome? Por que sofremos tanta sede, com a fonte que temos tão perto?

Vamos, portanto, para a ceia, que já está pronta . Vamos vestir roupa nova, vamos depressa,  ainda há  tempo.  Falamos que ainda não temos esta roupa. Não devemo-nos desesperar, podemos adquiri-la por pouco preço, basta um pouquinho de humildade. Há uma grande fábrica de roupas novas. Dou-lhes endereço: caminho da Igreja, primeiro confessionário à direita, seguindo à esquerda,  ou na casa paroquial marcar o horário com padre. Joguemos  fora esta roupa velha que vestimos até hoje.  Esta  roupa velha está suja demais. Mas não vamos nos envergonhar!

Vamos tirar fora a veste dos nossos vícios, a veste do pecado, da luxúria. Vamos tirar fora  a veste da blasfêmia. Vamos jogar fora a veste da avareza, da ambição, da gula. Toda  essa roupa é dos miseráveis.  Por isso fora, fora toda  sujeira: seremos puros e livres!

Vamos vestir a roupa nova, o hábito de graça, da virtude, da inocência e da dignidade, o hábito da festa e da alegria. Vamos ao banquete, tudo está pronto.

Há os grandes convidados: os pobres em espírito, os puros de coração, os sofredores, os mansos, os misericordiosos,  os pacificadores,  os perseguidos, os injustamente caluniados, os simples, os justos, os santos. Todos nos aguardam!

Por que ainda estamos esperando?  Vamos abrir as portas e vamos ao encontro para participar deste banquete, desta festa.. O tempo passa rápido demais!


Só assim tudo em nós começará a cantar, a cantar com paz, com força, com segurança.


************************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário