No caminho da nossa
vida encontramos pessoas especiais, que souberam escrever a história da
humanide, com o dom da vida e o dom da fé. Dona Agostinha de Ubá, MG., era uma
daquelas pessoas, que souberam vivenciar na prática o seu batismo.
Por isso, depois de
tantos anos, relembrando a grandeza da personalidade da Dona Agostinha, quero
partilhar o seu exemplo, que pode servir como inspiração para nós: a nossa vida
tem grande valor quando semeamos a bondade, praticando o amor do Evangelho.
Suas palavras, antes
de ir ao encontro do Pai, me marcaram fortemente, tanto na minha memória, como
também dentro do meu coração. No meio da dor e sofrimento ela disse:
"Estou realizando apenas as ordens de Jesus"!
Que possamos cada dia
vivenciar mais profundamente a nossa fé em Jesus Ressuscitado!
São Paulo
nos coloca no clima de esperança dizendo: Os vossos olhos não tinham
visto, os ouvidos ouvido, nem
inteligência tinha capacidade de entender, o que Deus preparou para
todos aqueles, que realizam na prática da sua vida o mandamento do amor...
O próprio Jesus disse, que Ele é a
Ressurreição e a Vida.
Cristo nos prometeu a Vida Eterna. A morte
é somente passagem para a eternidade.
A morte é um novo nascimento, depois da
dura prova, que é o sofrimento...
Quando a vida é realizada bem, não existe
nenhuma forma de medo. Nada nos pode separar do amor de Cristo: Nem a morte,
nem as perseguições... Nada nós separará
do amor de Cristo!
Meditando um pouco sobre a vida podemos
dizer assim:
A vida é a resposta que damos ao Deus, realizando
tudo o que Ele nos confiou.
A vida é amar de tal forma, que outros se
sentem amados e valorizados.
A vida é perdoar todas as ofensas contra
nós, e as que nós cometemos contra os outros e contra nós mesmos.
A vida é avaliar o nosso modo de agir e de
ser.
A vida é calar, quando os outros gritam em
voz alta.
A vida é construir mais humanidade entre
nós.
A vida é dar e não esperar para receber.
A vida é aceitar a dor e não reclamar.
A vida é ter paciência nos momentos, quando
tudo parece estar acabando.
A vida é sempre olhar para o futuro, na
esperança que ele possa ser melhor.
A vida é desejo para ser mais perfeito e
bom.
A vida é dar resposta para todas as
perguntas que surgem no dia a dia.
A vida é confiar, que um dia seremos libertados
de toda tristeza e sofrimento.
A vida é saber destruir o mal e realizar o
bem.
A vida é dar ‘sim’, para o mundo ver que existe alegria, que
podemos celebrar sem fim...
Nesta vida existem as pessoas que são como
a Luz no caminho dos outros.
Em certo sentido, como a luz da vela:
ilumina e também se consome, para dar a claridade onde há trevas; para dar o
calor onde ainda existe frio e para se doar totalmente, até o último momento,
proporcionando a segurança no caminho de
todos aqueles, que encontramos.
Assim, há pessoas que se tornaram a Luz no
caminho dos outros.
Escreveram a história da sua vida no Livro
da Vida.
Quando relembro a Dona Agostinha, desde aquele encontro das
Missões que teve na Paroquia Barbosa Lage em Juiz de Fora, há nove anos atrás,
nunca esqueço essa mulher, que na sua simplicidade, humanidade e bondade, nos
mostrou a firmeza no caminho da sua fé.
Ninguém vai esquecer esta serva caminhando
pelas ruas de Ubá, para servir aos irmãos enfermos, idosos, para limpar as
feridas do corpo e do coração.
Suas palavras sempre foram de consolo e
transmitiram grande sabedoria, isto é, foram sempre bem medidas, para nunca
ferir, mas ajudar.
Seu olhar puro e bondoso...
Sua pessoa totalmente voltada para o bem,
para se santificar e santificar os outros.
O amor no seu coração, que ela transmitia, era
o fruto das orações e da obediência em tudo, para realizar a vontade de Deus.
Agostinha mostrou um carinho especial para com
os sacerdotes, como ela sempre dizia: Sacerdotes são os filhos prediletos! Ela
rezava por todos os sacerdotes do mundo e pedia muito pela sua santificação.
Cristo Eucarístico foi o centro da sua fé.
Em suas mãos, dezenas de rosários
oferecidos pelos vivos e falecidos. Ela foi apóstola, missionária, serva do
Senhor.
A Palavra do Senhor era para Agostinha a luz e ela procurou viver e
transmití-la nesse caminho de vida.
Agostinha, dentro do seu coração, construiu
o santuário. Ela se tornou este santuário, pois cremos, que ela se encontra nesse
lugar da Paz, no Santuário Eterno, no banquete dos justos, onde alegria dos
santos continua para sempre.
Agostinha não conseguiu grandes títulos
deste mundo. Foi uma mulher simples, que serviu, sofreu, sorriu, chorou, amou e
deixou para todos o exemplo de um abraço e de um beijo sem traição e de grande
maturidade; como ser gente e como viver a fé crista.
O que poderia dizer mais?
Devemos agradecer a Deus por termos uma irmã
e amiga tão especial, autêntica e bondosa, agora
fazendo parte daqueles, que estão contemplando o amor e a misericórdia de Deus.
É para esse Santuário da Vida que todos nós estamos caminhando através do nosso
sacrifício cotidiano e pelo crescimento espiritual, isto é, pela conversão do
nosso coração.
Gostaria de transmitir estas palavras para a
Comunidade de Ubá, onde Agostinha, nossa querida Irmã, nos deixou a lição da
vida, mostrando como deve ser realizada a nossa peregrinação rumo ao Céu.
Saudações
em Cristo!
Pe. João Zasowski
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