“É para gozarmos da liberdade que Cristo nos
libertou. Ficai, portanto, firmes e vos deixeis sujeitar de novo ao jugo da escravidão” Gl 5,1.
O deserto é um lugar
privilegiado, para o homem colocar-se diante do Senhor e, na sua presença, abrir o seu coração para acolher e
escutar a Palavra de Deus. Estar aberto implica numa liberdade interior.
Em primeiro momento é necessário “colocar-se” diante de Deus: muitos personagens da Bíblia
se colocavam abertamente diante do Senhor.
Lembremos alguns
deles, como Abraão – Genesis (22, 1-19), Moises – Êxodo (3, 1-12), Nicodemos –
João (3, 1 15), Zaqueu – Lucas (19, 1–10), Pedro – Mateus (14, 22 –
33), para olhar a sua vida e o seu
exemplo.
Assim, o encontro com
o Senhor leva a uma transformação e ao compromisso.
Quando você entra no
clima de oração, invocando o Espírito Santo, escolha um desses personagens.
Procure situar-se no que está acontecendo no seu interior, descobrindo os seus
sentimentos, atitudes e apelos.
Em segundo momento, quando colocamo-nos diante do Senhor, o amor de Deus faz nascer em nós
o espírito de liberdade. Nisso consiste o princípio da comunhão e de serviço
aos irmãos.
Procure “situar–se”, rezando com as palavras inspiradas em Gálatas (5,16-8),
Romanos (8, 1-17), Efésios (4, 17-32; 5,
8-20).
Eis aqui algumas
luzes para a reflexão sobre a liberdade interior à Luz da Palavra de Deus:
* Procuro perguntar-me:
em algum ponto ainda não estou livre?* Por que ainda não tenho uma maior
abertura diante de Deus e diante dos desafios do mundo de hoje?
* Quais são as causas
da minha falta da liberdade?
* Quais são os meus
ídolos?
- Ideias,
preconceitos, ideologia? Em que eles me permitem a mudar?
- Pessoas, lugares,
coisas, cargos que não consigo
abandonar?
* Pessoas com as quais desejo permanecer?
Pessoas que rejeito, com as quais não me dou bem, em que não confio, quem nunca
escuto, ou quem escuto demasiadamente?
* De quem tenho
medo? Quem tem medo de mim? A quem ameaço? Quem me ameaça? Por que?
* O que é que normalmente governa as minhas
decisões: a lei da carne ou a lei do espírito? A lei da luz ou das trevas?
- A lei da luz: a fé,
a verdade, o amor, a confiança, a coerência, a honestidade, a justiça.
- A lei das trevas:
o egoísmo, o comodismo, a insegurança, o medo, o poder, o ter, a prazer, a
mentira, a falsidade...
Em terceiro momento, na minha oração quero compreender melhor que a fonte da liberdade
crista é a experiência profunda no encontro com Deus e a certeza de ser amado
por Ele.
O amor de Deus se derramou
em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos foi dado (Rm 5,5).
Procure consultar a
Palavra de Deus: Isaias (43, 1-7), Salmo
138, I Joao (4, 7-21).
A felicidade
alcançamos somente através da oração cotidiana!
Pe. Jan Zasowski
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