O homem não nasce para
morrer mas para começar. (R. Garaudy)
“Lembra-te,
ó homem, que és pó e em pó
te hás de tornar” (Gen. 3, 19).
Fomos chamados para o
dinamismo da vida.
Por isso a ideia
da morte nos incomoda. Deixamos para pensar sobre isso mais tarde, mas, na
verdade, queremos fugir desta realidade. Ela nos assusta, enquanto o nosso desejo é continuar a vida.
Mas, como fala São
Francisco, a Irmã a morte vem, e no
momento que não esperamos.
Ela vem para ricos e pobres,
para os pecadores e santos.
Ela já foi programada no
caminho da nossa caminhada.
Para aqueles que
compreenderam os ensinamentos de Cristo a morte se torna somente uma passagem.
Como se fosse um barco, que nos oferece o lugar para atravessarmos o rio e chegarmos
à outra margem, onde esperam por nós.
Deus-nos confiou uma
missão nesta vida e depois que a cumprirmos, Ele estará à nossa espera, para
estarmos junto com ELE durante toda ETERNIDADE.
São Paulo, o apóstolo das
nações, compreendeu bem a Irmã morte, dizendo: “ As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o
coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam”. (1 Cor 2. 9)
Por isso, naquele momento,
nós vamos-nos apresentar diante de Deus
trazendo tudo o que realizamos na prática do amor vivenciado e testemunhado. E
também o que fizemos multiplicando dos nossos talentos para o nosso crescimento
e o crescimento de todos aqueles a quem servimos e para os quais nós nos
doamos.
O Cristo com seu sangue
derramado na Cruz venceu a morte.
Sabemos, que a morte é o preço
do pecado: pelo pecado entrou a morte.
A morte é o começo da
vida, é o prêmio dos nossos sacrifícios.
Jesus dizia aos discípulos: “A vossa tristeza se converterá em alegria”.
(Jo 16, 20)
A tristeza do corpo se
converterá em alegria da alma e do Céu, se vivermos segundo os valores que nos
deixou Jesus Cristo. Assim, a morte não
se entende como o fim, mas como o começo
.
Por isso o cristão não tem
motivo ficar triste com a morte, nem procurar fugir dela. O cristão encara a morte
como realidade, como esperança e alegria, como uma conclusão maravilhosa da
aventura cristã. Naquele momento encontram-se e alegram para sempre – o filho e o Pai, o namorado e o
Amor, o servo bom e fiel, o Senhor justo e generoso!
Na casa do meu Pai a
varias moradas (Jo 14,2) – disse Jesus.
A Vida é Jesus Cristo!
Lembrança da morte
ensina-nos a renunciar às coisas da terra.
A única riqueza que vamos
levar é o bem que praticamos durante a vida.
Por isso devemos aprender a
morrer um pouco cada dia por meio de desprendimento, morrendo para o nosso
egoísmo, ambição, idolatria, para, cada dia, nascer ao serviço que nos foi confiado.
Ó morte, como é amarga a
tua lembrança para o homem que vive
isolado nos seus bens e seus prazeres!
Mas, para o seguidor fiel
de Cristo a alma desprendida abandonada totalmente em Deus escuta as palavras
do Salmo “Alegrei-me
quando me disseram, vamos à casa do senhor.” (Sl
121,1)
A morte nos ensina amar a
verdade, porque esse é o momento de grande verdade. Tudo será conhecido
profundamente.
Todos nós conheceremos a
plena verdade sobre nós mesmos e nada será escondido. A verdade nos mostrará a
nossa felicidade.
A nossa vide é breve. Não
é bom mentir diante de nós mesmos.
Tudo o que não é verdade
será revelado e seremos arrependidos que não aproveitamos o tempo para amar
como Jesus pediu que amássemos, cumprindo verdadeiramente o tempo da nossa vida:
cada segundo, minuto, dia, ano...
Se fizermos bom uso de
tudo o que Deus nos confiou, chegando essa hora para ir ao encontro do Pai,
estaremos satisfeitos que aproveitamos bem o nosso tempo e os dons recebidos de
Deus.
Por isso precisamos orar:
Ensina–nos, Senhor, a contar os nossos dias, para que alcancemos a sabedoria do
coração, aquela sabedoria que nos convence de que apenas boas obras e o serviço
a Deus têm valor para a vida eterna.
Maria, Mãe da boa morte,
ajude-nos a ficarmos bem preparados para essa hora, em que estaremos nos braços
do nosso Pai Celeste. Como teus filhos, ó Maria, queremos lembrar sempre, que mesmo
morrendo, devemos pensar na VIDA, pois ela continua para sempre.
Pe. Jan Zasowski
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