Encontramos momentos na vida, que nos inspiram, para divulgarmos aquilo que a nossa própria alma sente. Com certeza, estes momentos nascem numa experiência interior, quer dizer, num profundo diálogo com Deus. Estes momentos nascem, quando mergulhamos dentro da nossa alma e nós nos perguntamos: de onde viemos, onde estamos e para onde caminhamos? E encontramos a resposta neste profundo diálogo com Deus - quando Ele se torna, para nossa existência, o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim, compreendemos, que o Senhor nos convida a cumprir uma grande missão: que todos possamos nos chamar de irmãos e de seus filhos.

É preciso que exista mais amor e união entre nós, para que possamos ser a semelhança e a imagem de Jesus Cristo. Foi ELE que afirmou que veio para que todos tenham vida e a tenham em abundância.

Nestas reflexões, quero convosco mergulhar no fundo das nossas almas e procurar viver a vida conforme nos foi dada.

Pe. Jan Zasowski

domingo, 14 de abril de 2013

Se o grão de trigo não morrer (Jo 12,24)



Existe uma palavra cristã, que nos espanta e também afasta: SACRIFÍCIO.
Logo nos questiona, pois é difícil recusar ou renunciar a vida.
Para os tempos de hoje, mortificação  é a palavra dos séculos passados.
Mas o verdadeiro crescimento da pessoa humana depende do contínuo sacrifício: do auto-controle, auto-domínio, autodisciplina.
O crescimento da pessoa, em todo sentido, depende do sacrifício.
Nós vivemos numa época prazerosa, hedonista e tudo queremos pronto, sem grande cobrança e sacrifício.
Mas, tudo o que faz uma pessoa  se desenvolver e progredir, passa pelo dinamismo do esforço e sacrifício.
Da morte para a vida!
Se as flores não forem sacrificadas  ao rebanho e as sementes  não servissem aos pássaros, a terra seria um matagal.
E se os rebanhos não se oferecessem aos homens e as plantas não dessem os frutos, como seria?  E o que, então, seria no mundo sem o pensamento e o amor humano?
Assim, toda vida se salva e é útil, oferecendo-se  a uma vida superior a ela.
Assim, todo ser se eleva,  morrendo para si próprio, para que os outros vivam.

Existe a vida da carne e a vida do espírito; a fome do animal e aspiração do anjo.
Temos em nós o que é menor que nós mesmos e, também,  algo que é maior.
Qual deles prevalecerá?
A carne sufocará o espírito, ou espírito elevará a carne?
Qual dos dois deve servir? Qual dos dois deve sacrificar-se?
Queremos continuar a viver?
É preciso morrer.
Se recusamos, não evitaremos a morte e a morte será total.
Mortificar o que é inferior, para que viva o que é superior.
Se queremos salvar a vida, devemos oferecê-la para uma vida mais alta.
Se queremos salvar-nos do tempo, vivamos  para a Eternidade.
Renegar o reino do “eu “,  é   elevar-se  até o Reino de Deus!
A missão de cada cristão é servir.
Como o próprio Jesus afirma: “Eu vim para servir e não para ser servido”.

O progresso da humanidade depende da doação, do sacrifício,  do serviço em favor do crescimento do outro. Este progresso acontece quando damos valor à verdade, justiça e honestidade.

Pe. Jan Zasowski



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